segunda-feira, 16 de abril de 2012

MODELO DE HOMEM PARA DEUS

“E eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele” – Lucas 7.28

A Palavra de Deus é viva e eficaz. Ela se renova a cada dia por meio do Espírito desse mesmo Deus que nos fala no momento de cada uma das nossas necessidades, alertando-nos diante de cada uma de nossa situação, independentemente de cada uma das nossas circunstâncias. Assim, a Palavra de Deus também nos renova a cada dia.

É o caso de Lucas 7.24-35. Diante da beleza e nitidez desse texto, sua contextualização pode muito bem ser aplicada em nossos dias, sendo possível ainda distinguir cada personagem, cada fato, numa ação que se desenrola quadro a quadro, ou melhor, versículo a versículo, didática e detalhadamente.

Não é à toa que Lucas destaca Jesus como o Filho do Homem, o homem perfeito como Filho de Deus encarnado, enfatizando-O como Mestre, neste caso, um mestre que traça o perfil de uma geração com vistas ao modelo de homem que Deus requer ainda em nossos dias para cada um de nós.

No afã desses nossos dias, e diante das tantas competições, das críticas e das nossas opções, queremos ser modelo em tudo. Queremos ser brilhantes em tudo – não qualquer coisa insignificante. Tudo bem, mas o que nos torna grandes diante de Deus e diante dos homens? Qual é a nossa posição, o nosso compromisso diante de Deus e diante dos homens? Qual é a nossa postura, o nosso exemplo, quando tivermos que tomar posição como cidadão no Reino de Deus? Qual é o modelo de homem que Deus requer para cada um de nós?

De acordo com o texto, assim que os mensageiros de João voltaram à prisão da fortaleza de Macaeros, onde João estava preso, e que, segundo Josefo, ficava na costa oriental do mar Morto, Jesus aproveita a oportunidade para falar a respeito da pessoa e do ministério de João.

Convém lembrar que, enquanto o ministério público de Jesus estava no auge, com Ele operando os Seus milagres e todas as Suas maravilhas, além da pregação da Palavra, obviamente, o ministério de João estava em declínio; chegava ao fim. Na prisão, João tinha dúvidas se Jesus era mesmo aquele que estava para vir ou deveria esperar outro (Lucas 7.17-20).

Assim, depois que João envia seus mensageiros até Jesus para que sejam dirimidas as suas dúvidas, e Jesus responde com Seus próprios milagres – além de passar-lhe uma leve reprimenda (Lucas 7.21-23) –, o próprio Jesus dá testemunho de João como um modelo de homem “entre os nascidos de mulher” – designação esta que é um hebraísmo encontrado no Antigo Testamento que se refere àquele “que é da raça humana” (Jó 14.1; 15.14).

Jesus faz isso por meio de uma série de perguntas retóricas. Tais perguntas são tão bem formuladas que, por si sós, já estão embutidas nelas suas próprias respostas, além de o próprio Jesus incluir Seus próprios comentários, ou conclusões, e até mesmo Suas aplicações.

“Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que se vestem bem e vivem no luxo assistem nos palácios dos reis. Sim, que saístes a ver? Um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti.” – Lucas 7.24b-27

Aqui, “caniço” (verso 24) significa uma “cana”, uma “vara de pescar”, e, segundo o contexto, esse “caniço” sobrevive de acordo com os ventos. Ele pende para o lado que os ventos sopram, não tem destino próprio, diferentemente de João que tinha um ministério há muito tempo bem definido. “Roupas finas”, “luxo”, “palácios dos reis” (verso 25) – essas palavras podem dar uma ideia do poder humano com suas pompas, burocracias, e leis próprias, conforme os padrões humanos com suas tradições, ou mesmo falcatruas, como os crimes do colarinho branco, diferentemente de João que se vestia de pele de camelo, e vivia no deserto, pregando o arrependimento.

Mas, se no verso 26 Jesus responde que João é um profeta, “e muito mais que profeta”, no verso 27 Jesus cita o Antigo Testamento para testificar o que diz. Jesus cita o profeta Malaquias (Ml 3.1a), mas esta profecia já tinha sido ratificada pelo profeta Isaías, mais de 700 anos a.C. (Is 40.3).

Malaquias é datado aos tempos de Esdras e Neemias, há mais de 450 a.C. Viveu após o retorno do exílio babilônico e da reconstrução do templo e pregou a um povo desiludido, desanimado e cheio de dúvidas que havia perdido as esperanças das promessas gloriosas encontradas nos profetas anteriores.

Esse povo passava por uma vida difícil. Experimentava a miséria, a seca e a adversidade econômica. Com isso, desiludiu-se de Deus e de sua própria fé. Eram tempos de dúvidas e decepção, e os que professavam o Senhor são tentados a abandonar a fé no Deus da aliança (Bíblia de Estudo de Genebra, 1999, notas. p. 1087).

Então, com seu estilo contestador, e bem característico, o profeta Malaquias prioriza em seu ministério o tema da aliança. Como um advogado da parte de Deus no processo dessa aliança, ele tem como empreitada acender a chama da fé em um povo de coração insensível, falando do amor eletivo de Deus, e do grande dia do Senhor, ao tentar estabelecer a continuidade das obrigações desta aliança entre aqueles que verdadeiramente temem a Deus (Ml 3.16-18) (Idem).

Assim, Malaquias fala sobre a vinda do Senhor – terrível dia para uns, para quem não acredita e transgride essa aliança; e alegria para outros, os verdadeiros crentes. Essa vinda do Senhor seria precedida por um mensageiro. João foi esse mensageiro.

Esta profecia também é confirmada pelos quatro Evangelhos. Já no próprio nascimento de João, seu pai Zacarias, profetiza que João será chamado profeta do Altíssimo, que ele será o precursor do Senhor, preparando-Lhe os caminhos, pregando o arrependimento e enfatizando a salvação divina (Lc 1.76).

“Preparar”, aqui, significa “retirar os obstáculos”. Deus removerá todos os obstáculos por ocasião da vinda de Cristo, mas Ele espera que Seu povo se prepare para o Reino e requer uma atitude de nossa parte com vistas ao progresso de nossa salvação (Bíblia de Estudo de Genebra, 1999, notas, p. 831).

Cá entre nós, quais são os nossos obstáculos ou desculpas que nos impedem de seguir a Cristo? O que está impedindo-nos para que Cristo entre em nosso coração? Será que estamos cooperando ou estamos atrapalhando o progresso da nossa salvação?

Será que estamos sendo verdadeiramente atraídos por Cristo? Cremos realmente que Ele é o único que tem poder para nos salvar? Ou estamos sendo atraídos pelas coisas deste mundo, suas fantasias, suas riquezas, seus poderes, idolatrias, e outras ilusões passageiras?

Depois de Malaquias, durante cerca de 400 anos, todos os profetas silenciaram. Suas poderosas palavras nunca mais foram ouvidas. É chamado o tempo do silêncio de Deus para com o Seu povo. O tempo em que os escribas e os sacerdotes foram os principais personagens religiosos daquela época. O tempo da chamada religião legalista.

Mas Malaquias predisse um reavivamento geral antes da vinda do Senhor. Isso se cumpriu no ministério de João, que foi um autêntico profeta que preparou o caminho para a missão de Jesus Cristo (Adamson, In: O Novo Comentário da Bíblia. v. 2, 1990, p. 936).

João foi fruto de uma profecia há muito anunciada, ou seja, um profeta que foi profetizado por outros profetas; um homem especial. João foi um homem encomendado por Deus para uma missão especial. “E eu vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Lucas 7.28a), confirma o próprio Senhor Jesus.

Mas por que Jesus diz todas essas coisas sobre João? Por que todas aquelas perguntas tão bem direcionadas? Por que todos esses elogios sobre a grandeza de João? Jesus quer destacar algum ponto?

1. Nossa íntima relação com Deus – O que nos torna grandes

“mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.” – Lucas 7.28b

Podemos ter tudo aos olhares dos homens. Podemos ser grandes diante dos homens. Mas nada adianta se não estivermos debaixo da vontade de Deus. Nada adianta se não estivermos sob a direção de Deus.

Não adianta adquirirmos mundos e fundos, fazermos coisas que, para muitos, até são impossíveis. Não adianta termos fama e reconhecimento neste mundo, ou sermos aplaudidos por homens, se não estivermos na dimensão do Reino de Deus. Se não nos preocuparmos com a qualidade da nossa vida com Deus, mesmo nós tendo uma vida próspera e nossos feitos serem autenticados por Deus.

A história registra os feitos de grandes homens importantes que desempenharam ou ainda desempenham um papel importante neste mundo, como Alexandre, ‘o Grande’, Herodes, ‘o Grande’, Ciro, Nabucodonosor, João Calvino, Martinho Lutero, João Wesley, Billy Graham, Mahatma Gandhi, Martin Luther King Jr., Rui Barbosa, Madre Tereza de Calcutá, e tantos outros que estão espalhados pelas diversas áreas do saber humano no decorrer dos tempos.

Todas essas pessoas defenderam seus ideais, e até marcaram a história naquilo que defendiam. Muitas dessas pessoas chegaram até a morrer ou foram assassinadas por causa dos seus ideais. No entanto, somos todos servos inúteis, que fizemos apenas a nossa obrigação (Lc 17.10), embora sob a permissão do próprio Deus, que é o Senhor Soberano sobre todas as coisas.

Não somos nada mais do que isso, servos inúteis. Ainda mais se os nossos feitos forem comparados com as obras da cruz, diante do grande e infinito amor de Deus, Sua misericórdia, majestade, benignidade e grandeza, sendo que, muitas vezes, nem a parte que nos compete conseguimos fazer por causa das consequências da nossa pequenez, dos nossos pecados, da nossa finitude, enfim, da nossa incompetência humana.

Os especialistas afirmam que, quando se trata de talento humano, nunca houve ninguém maior do que João. Mas não é assim que Deus conta a grandeza dos homens. Quando se trata da dimensão espiritual, a pessoa menor nesta dimensão é maior do que a melhor pessoa na dimensão humana [1].

A posição mantida por alguém que é um cidadão do Reino de Deus é maior do que qualquer posição humana. Seja esta pessoa quem for. Tenha ela o maior e melhor cargo que tiver entre os homens e diante da sua comunidade.

Somente Deus é grande. E se somos filhos de Deus, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo por causa do grande amor que nos concedeu o Pai (Rm 8.17; 1Jo 3.1). E se estamos unidos em Cristo, partilhamos da mesma comunhão que Cristo também partilha com Deus. É a nossa íntima relação com Deus. É isso que nos torna grandes [2].

2. Nossa íntima rejeição a Cristo – Um paradoxo

“Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João; mas os fariseus e os intérpretes da Lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o desígnio de Deus, não tendo sido batizados por ele.” – Lucas 7.29,30

Muitos de nós, mesmo sabendo das promessas do Reino – herança que partilhamos com Deus por causa de Cristo –, rejeitamos seguir os desígnios de Deus, sob as mais diversas e absurdas desculpas ou circunstâncias.

Rejeitamos seguir os desígnios de Deus porque temos medo de experimentar o novo, mesmo que essa novidade seja a melhor opção dentre todas as demais. Mesmo que esse novo seja uma boa notícia que vai transformar nossa vida para melhor, e para sempre. Resistimos, porque não queremos ou ainda não tivemos a chance de conhecer a Cristo verdadeiramente.

Rejeitamos, porque estamos demasiadamente arraigados às nossas mesmices deste mundo. Estamos tão acostumados com essas mesmices que pensamos que elas sejam a única verdade ou a única realidade de nossas vidas. Resistimos, por causa do nosso comodismo.

Lógico que nem tudo o que seja novo signifique que seja bom. Mas, no caso dos fariseus e dos homens da Lei, estes rejeitaram o propósito de Deus para suas vidas – que eram as boas-novas da salvação –, e não aderiram ao ministério de João. Contrapuseram-se ao povo, e aos publicanos, que reconheceram a justiça de Deus.

Os fariseus e os homens da Lei preferiram suas tradições e o conforto das suas igrejas e sinagogas. Resistiram a experimentar o impacto de um reavivamento que revolucionou a história, principalmente no trato das nossas almas.

Os fariseus e os homens da Lei não acreditaram na pregação de João e, consequentemente, na mensagem de Cristo como o Messias. Do mesmo modo que aqueles que seguiram a João estavam seguindo o Senhor Jesus, aqueles que rejeitaram a João também estavam rejeitando o propósito de Deus para suas vidas. Assim como nós, hoje, se resistirmos à pregação da Palavra, também estamos rejeitando os propósitos de Deus para nossa vida, posto que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus – a pregação.

Outro paradoxo é que se existia alguém que deveria conhecer e aceitar os propósitos de Deus nas pregações de João seriam exatamente os próprios fariseus e aqueles que eram os especialistas na Lei de Deus. Mas eles achavam que a única verdade estava com eles, com aquele jeito legalista, prepotente, radical e hipócrita de praticar a sua religião. E nós, hoje, que dizemos conhecer a Palavra de Deus, como é que reagimos com ela em nós mesmos ou diante dos outros; diante dos incrédulos, dos nossos obstáculos ou de outras crenças?

3. Íntima insatisfação das gerações – A repreensão de Jesus

“A que, pois, comparareis os homens da presente geração, e a que são eles semelhantes? São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes. Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores! Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.” – Lucas 7.31-35

Jesus repreende a postura daqueles fariseus e doutores da Lei que rejeitaram, tanto a pregação de João quanto a Sua própria pregação. Estes dois grupos eram os primeiros que deveriam aceitar o Seu ministério. Mas não, eles decidiram rejeitar.

Os versículos 31 a 35 levam-nos a refletir que certas críticas de certos críticos só nos levam a seguir em frente com os nossos projetos, sem nenhuma arrogância de nossa parte. É que, em vez de elas nos colocarem para baixo, elas produzem o efeito exatamente oposto. É como a crítica de um descrente, de um ateu, de um ímpio, de uma pessoa inoperante recriminando um verdadeiro crente ou as ações de uma pessoa que realmente trabalha. Que crédito têm esses críticos?

Certas críticas, dependendo da fonte, fazem-nos sentir ainda melhor com nós mesmos. Elas só nos incentivam a agir como estamos agindo. Quem é que não conhece alguém que se presta somente a criticar os outros? Geralmente, essas pessoas não gostam de serem criticadas, mas gostam de criticar. Elas só vivem disso, e são um péssimo exemplo. Não retiram a trave de seus próprios olhos, mas veem o cisco no olho dos outros (Mt 7.1-5).

Será que estamos imunes a esse tipo de gente? O próprio João e o Senhor Jesus foram vítimas desse tipo de gente. Mas os críticos que se levantaram contra eles foram julgados por suas próprias críticas. No entanto, não devemos confundir senso crítico – que todos nós devemos ter – com crítico chato que, em vez de olhar para dentro de si mesmo, põe-se de plantão na mira dos outros, somente na dos outros, dos possíveis erros dos outros, e não apresenta nenhuma solução que sirva de edificação para si ou para os outros.

Jesus ilustra a sua repreensão a esse tipo de geração, fazendo uma analogia por meio de uma parábola que compara essas pessoas com crianças que não têm o que fazer na vida. São crianças que ficam na praça jogando, esperando o tempo passar, rejeitando qualquer tipo de brincadeira que alguém possa recomendar.

“A que, pois, comparareis os homens da presente geração, e a que são eles semelhantes? São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes.” – Lucas 7.31,32

Ainda hoje podemos fazer esse mesmo tipo de diagnóstico e aplicar esse mesmo tipo de comportamento à geração de nossos dias. Veremos que são pessoas instáveis, mal-humoradas, e resistentes, que nunca estão contentes com nada. Simplesmente não há como satisfazê-las [3]. Acham defeitos em tudo, e em todos, e não querem saber de mudanças.

Quantos não estão tendo esse mesmo tipo de comportamento dentro das suas Igrejas? Quantos não estão “fazendo a sua própria festa”, “dançando” do seu próprio jeito, pouco se importando com os estragos, cicatrizes, desgastes e lacunas causados ao Reino, criando o seu próprio sistema religioso; iludindo o povo? João e Jesus foram condenados porque não “dançaram” ao som dos sistemas religiosos da sua época.

“Pois veio João Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!” – Lucas 7.33,34

João era um asceta. Levava uma vida austera voltada à efetiva realização da virtude. Jejuava. Não bebia. Viveu a maior parte de sua vida no deserto. Talvez, para muitos, esta seja uma vida chata, triste; cheia de lamentações. Os religiosos da época concluíram que João estava possuído por demônios. Por Sua vez, Jesus levava uma vida do tipo normal. Comia com todo tipo de pessoa, frequentava festas de casamento, e não deixava de beber vinho, comportando-Se aos moldes e limites da ética de cada um desses eventos. Os religiosos da época concluíram que Jesus era um glutão, um bebedor de vinho.

Como comportarmos diante desse tipo de gente? O certo é que não é possível agradar a todos. Muitas pessoas não querem mudar de jogo, não importa como ele seja jogado. Não querem mudar de dança, querem ficar na mesma toada, no mesmo passo, mesmo indo ao cadafalso. Elas só querem ficar à margem, e criticar tudo. Muitas pessoas não querem mudar de vida, e nem ouvir falar de mudanças.

Esse tipo de gente critica apenas por criticar. Apenas por ser do contra, por medo, por insegurança, por chamar para si todas as atenções, todos os holofotes. Enfim, são uns boçais que se encontram em todos os meios e instituições, no meio político, no meio da própria Igreja, e até mesmo em nossas próprias casas, no meio de nossas próprias famílias. Posando-se de boa gente, elas só querem mesmo é tomar espaços, manter posição, porque todos são seus supostos oponentes. E, de posse de tais espaços, não fazem nada mais além daquilo que já tinha sido feito até então, quando não pioram ainda mais a situação.

São sábias essas pessoas?

“Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.” – Lucas 7.35

Segundo Kevan, a sabedoria divina é vindicada por seus próprios filhos – a minoria fiel que acolheu a João e ao Messias –, e não pela maioria descrente que os rejeitou [4]. E quanto a você? De que lado você está? Sua escolha vai determinar quem você é. Se você estiver de pé com Cristo, certamente, você vai ser criticado por aqueles que não estão. Se você tem certeza de que o que você está fazendo é para o bem do Reino, então, vá em frente, e cuidado para que não caia, e seja o modelo de homem que Deus requer de você, hoje, e sempre.

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NOTAS

1 John, Jesus and Judgments on a Generation. In: John Stevenson Bible Study. Disponível em www.johnstevenson.net. Acesso: 15/12/2011
2 Id.
3 Ibd.
4 Kevan, E. F. O Evangelho Segundo S. Lucas – Introdução e comentário. In: O Novo Comentário da Bíblia. v. 2, São Paulo: Vida Nova,1990, p. 1038